sábado, 31 de maio de 2008

Circuito Fora do Eixo e Rondônia


Porto Velho e sua visão cubista

Após o Festival Casarão e a passagem do Espaço Cubo por Porto Velho, percebeu-se que a chama dos movimentos reacendeu, principalmente para o Projeto Beradeiros que encontra-se sobre uma intensa e tumultuada chuva de ataques e contra-ataques.

Antes de aprofundarmos na atual conjuntura da cena de Porto Velho, precisamos rever alguns pontos históricos do Projeto Beradeiros.

Festival Beradeiros: Surgiu em meados de 2005 com a necessidade e o objetivo de unir as cenas do Acre e Rondônia, bem como realizar eventos que valorizassem as composições próprias. O projeto logo ganhou uma grande aceitação por partes das bandas e do público local. Os contatos se intensificaram e chegaram a outros horizontes do país.

Após o Festival Beradeiros de 2007, grande parte dos fundadores do Projeto Beradeiros teve que deixar o projeto, alguns por motivos pessoais, outros motivos profissionais, surgiu então uma nova geração que ficou com a missão de dar continuidade a esse fruto. Com uma nova visão, novos ânimos, e com pouca participação das bandas de Porto Velho o projeto realiza o Grito Rock Porto Velho e logo depois acaba parando. Momento no qual ficou a tal reflexão “Aonde foi que erramos?”.

Espaço Cubo e o Circuito Fora do Eixo: O Circuito Fora do Eixo é uma rede de trabalhos concebida por produtores culturais das regiões centro-oeste, norte e sul no final de 2005. Começou com uma parceria entre produtores das cidades de Cuiabá (MT), Rio Branco (AC), Uberlândia (MG) e Londrina (PR), que queriam estimular a circulação de bandas, o intercâmbio de tecnologia de produção e o escoamento de produtos nesta rota desde então batizada de Circuito Fora do Eixo. A rede cresceu e as relações de mercado se tornaram ainda mais favoráveis às pequenas iniciativas do setor da música, já que os novos desafios da indústria fonográfica em função da facilidade de acesso à qualquer informação criou solo ainda mais fértil para os pequenos empreendimentos, especialmente àqueles com características mais cooperativas. (texto extraído do site www.foradoeixo.org.br).

Na mesma época que conhecemos o Fora do Eixo, logicamente, conhecemos o Espaço Cubo, afinal dá pra confundir né, sendo um coletivo nacional e internacionalmente conhecido, que nos mostrou e nos mostra até hoje a importância da troca de experiências e tecnologias, bem como a importância da organização de cada cena, porém houve uma parceria de fato com o Projeto Beradeiros.

A Atual Cena

Após a participação do Espaço Cubo como parceiro do Festival Casarão, realizando funções que em Porto Velho seria difícil encontrar, ocorre uma quebra nas relações harmoniosas e pouco produtivas dentro do Projeto Beradeiros. Marcos Mitos, o então presidente do Projeto Beradeiros, decide deixar o projeto com o intuito de formar um novo coletivo alegando que suas idéias não caberiam no formato do Beradeiros, acredito que devido ao espírito político anarquista deixado pela extinta Tribo do Rock ou ainda que suas idéias não agradassem os membros restantes.

Este fato causou muita instabilidade na cena de Porto Velho, ocorre ataques agressivos e discussões muitas vezes tolas. Associou-se então tal fato a passagem do Cubo por nossa terrinha. Uma vez que o projeto sempre viveu entre amor e ódio, porém, mais ódio do que amor com os objetivos, muitas vezes ocultos do Espaço Cubo...

Por muito tempo houve sempre polêmica entre Porto Velho e o Espaço Cubo, que tal formato não caberia em nossa terra, que o cubo privilegia o estilo Indie, e blá blá blá.

Ouvi algumas opiniões sobre qual o efeito dessa passagem do Espaço Cubo, o que o Cubo poderia trazer de útil para nós e se algo mudou em nossa cena:

"Trouxe muitas coisas boas, abriu nossas cabeças, pra tipo: dá certo se tu correr atrás, com seriedade e afinco, acho que serve demais" (Raphael – Di Marco – Ji-Paraná)

“nem tudo que é possível lá hoje...é possível aqui hoje..

o pessoal do fora do eixo fazem política muito bem....é o que precisamos aprender...os caminhos políticos....a gente saber como conseguir e obter o que nos é de direito”

(Rafael Altomar – Bicho do Lodu)

“mudou, na articulação para fora do estado, ou seja, na possibilidade de troca de tecnologia com outros cantos do país” (Nettü – Vilhena Rock)

“Em parte, boas trocas de experiência que resultaram em acender a chama do independente mesmo em várias pessoas (aonde vai dar essa chama num sei, mas acendeu)” (Vinicius Lemos – Fan Rock)

O Circuito Fora do Eixo é uma das armas que as bandas independentes possuem, e que devem usar o máximo possível, pois pode facilitar a divulgação das mesmas, mas... Como tudo na vida existe o tal do "mas". Acho que há uma ênfase muito grande em certo estilo musical, o que acaba consequentemente diminuindo o espaço de outros estilos menos agradáveis aos ouvidos de quem não está acostumado com o “barulho”... Vejamos um exemplo. Num festival qualquer do Circuito Fora do Eixo os jornalistas vão sempre falar mais das bandas do estilo "indie" e bandas de punk, hardcore, heavy metal terão seus espaços reduzidos nos comentários e muitas vezes nem serão citadas, nada mais normal que isso. Ora se a especialidade e preferência pessoal é o "indie" nada mais justo que resenhar bandas de “indie”, o problema gira em torno das resenhas e apoio concedidos aos estilos mais "barulhentos", estas, sempre estão forradas, transbordando ignorância e preconceito musical, comentários do tipo "banda legal, mas não vejo futuro", “músicas iguais as do Sepultura” “músicas iguais as do Ratos de Porão”

São comuns nestes meios... E se trocarmos as figurinhas de lugar? Iríamos a um festival em que fosse o inverso os comentários seriam a mesma coisa, o punk, hardcore, heavy metal seriam enaltecidos,enquanto que o “indie” receberia exatamente as mesmas críticas, “parece cachorro grande” “bandas chatas” “parece los hermanos” então chego a seguinte conclusão: as coisas funcionam pra quem deve funcionar, pra Coveiros não funciona, prefiro continuar nos buracos do hardcore mesmo. (Giovanni Marini – Coveiros)

Acredito que em longo prazo essa passagem não tenha grandes efeitos, há algum tempo já se notam outros movimentos atuando em Porto Velho, podendo citar o Fan Rock que realiza o Festival Casarão, o Cogumelo Nuclear que realiza grandes eventos de metal,, O movimento Underground de Porto Velho com bandas e evento de rock gospel underground, e as próprias bandas como a Rádio ao Vivo que realiza as Under Rock’s. As vezes penso num futuro com divisão de bandas como rótulos, desse ou daquele coletivo ou movimento, nesse evento só toca banda do meu movimento e naquele só toca banda daqueles movimento, algo com o espírito do garoto dono da bola que não joga nada (hehe).

Como minha visão de futuro Administrador, vejo que o que é certo é a necessidade de uma organização maior dos movimentos, obtendo seriedade de seus membros, articulação, profissionalismo, planejamento, estarmos com os objetivos claros, com nossa missão e visão, e o que acho primordial, pensamento coletivo, se é pra ficar num coletivo de bandas, não podemos ser egoístas e querer beneficiar apenas a minha ou aquela banda, é preciso ser consciente, afinal, é um coletivo.

É necessário antes de tudo que o povo de Porto Velho conheça suas bandas. Valorizarmos o nosso produto, que os eventos sejam auto-suficientes e que se construa uma cena realmente forte.

Porto Velho hoje implora por uma organização de seus movimentos, é certo que não dependemos do Espaço Cubo, do Bush ou do Coelhinho da Páscoa ou quem quer que seja. Somos apenas dependentes de nossas atitudes e ações.

Elton Costa – Projeto Beradeiros – Rádio ao Vivo

segunda-feira, 26 de maio de 2008

SEDNA agora é STREP


Caralho...
Bom dia, boa tarde, boa noite....me apresento, sou bode loco, mais novo membro não sexual desse blog.
Não há prazer nisso.

2:00 a.m, estou escutando STREP.
Desisto, vou dormir.

10:27 a.m, estou escutando STREP novamente.

STREP é a nova banda praiana, dos surfixtas dax praiax do arpoador no Rio de Janeiro. STREP era Sedna, que agora é STREP e sabe-se lá o que poderá vir a ser. Pois bem...

Vamos começar pelo nome, STREP. O nome já começou mal, dando margem a duplo sentido e a piadinhas de mau gosto. Lembram da banda TRAP de porto velho? Poisé, foi a banda que deu origem a nossa querida RECATO. TRAP era a sigla de “ toca rock ai porra”, agora fica a cargo de vocês imaginarem o que STREP poderia significar. Ta bom, pula o nome.

Com seu som ROCK XKA POP, ox carax extão lançando um cd promocional com seix faixax pro público ficar amarradão e entrar nessa onda.
Então, como já dizia Jack, vamox por partex né.

A parada começa com “Altos e Baixos”, num solo pouco inspirado a lá Santana a música começa, indo para um skazinho sem muita energia e um refrão no pior estilo pop praiano dylon. A letra relata um romance adolescente , onde não se sabe porque começou, porque terminou, quem corneou, mas uma coisa é certa, ele diz “foi por mim que te deixei/ mas eu só quero te encontrar pra fingir que nada aconteceu...”
Tipo...me fudi, agora quero fuder você pra ver se passa minha dor.

Ae partimos pras “Férias passadas”, essa é da época de SEDNA, um ska também, esse com mais energia, e um pouco mais inspirada, novamente relatando romances tortuosos de menininhas inocentes que se revelam almas viciadas que choram por uma piroca.

“Eu quero” é a terceira. Ae eu me pergunto: o que é que eles querem? Porra, é muita coisa. “Eu quero” é um Ska´n roll, animadinho, saltitante, que fala sobre o quanto um ser humano pode ser medíocre em seu querer. Bora pra quarta logo.

“Dias iguais” é meio que a mesma história da primeira lá, “altos e baixos” na linha do ska com refrão pop dylon praiano sofredor. Letras falando de fodas mal resolvidas. Agora vamos pra quinta...e a quinta você sabe que é foooda né, velocidade 5...

Créééééééééu...

A quinta é uma baladinha romântica, chamada “me acorde” que não há muito o que falar, letra de amor perdido em algum lugar, sobre o sonho que não acabou, o sol que não se apagou e esses clichês românticos que podem dar bastante certo no mundo pop.

Ufa.... a sexta. “amanhecer”.......ah...escuta lá e vê o que você acha, que minha paciência já foi.

Para os caras da STREP que estão ai nessa empreitada rumo ao estrelato, não vejo em que a música deles adiciona ao cenário musical brasileiro. É meio que a história de uma velha conhecida nossa, que também tentou rumar por esses becos escuros do mainstream e acabaram de volta a nossa terra quente com um cd na mão e um ferro no rabo. Sinceramente desejo sucesso a rapaziada da STREP.

Strep me lembra Trap, eu não gostava de TRAP e não gosto da STREP.
www.myspace.com/bandastrep

Abraços e até a próxima.
Bode loco em sua primeira carniceria musical.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Teatro em Porto Velho, mais um capitulo.....

Não sei se posso fiar feliz, ou se um pouco mais preocupado em saber que meu dinheiro pode estar sendo mais uma vez desviado para o bolso de alguns políticos afortunados e malditos deste estado. Mas a notícia a ser divulgada aqui é boa, pelo menos pra mim que curto teatro. A questão é que liberaram novamente a construção do teatro estadual que ficava em uma área militar perto de centro da capital. pra quem não sabe a um tempo atrás Cento e vinte fuzileiros armados da 17ª Brigada de Infantaria de Selva ocuparam um terreno numa área nobre do centro de Porto Velho que o Exército afirmava ter sido invadido pelo governo de Rondônia.

O governador havia determinado que operários de uma empreiteira reiniciassem ali as obras de um teatro inacabado e o comandante do CMA (Comando Militar da Amazônia), afirmou que o governador mandou cercar a propriedade sem qualquer tipo de consentimento do Exército, caracterizando invasão de terras da União, crime previsto no Código Penal Militar. O terreno em questão é chamado Flor de Maracujá 1. Desde 1997 sua compra é negociada pelo governo de Rondônia, que iniciou as obras do teatro antes mesmo da conclusão das negociações.

Agora essa historia que é antiga e vem sendo discutida há 10 anos atrás parece estar sendo resolvida pois o governo anunciou a celebração de convênio com o Banco do Brasil para a finalização da obra.


“Já foram depositados R$ 10 milhões na conta e vamos iniciar o processo licitatório” afirma o Governador feliz com tanto dinheiro!!!!!!


E quem quiser pode conferir no Departamento Estadual de Obras e Serviços Públicos ( Deosp) uma maquete com a obra inteiramente acabada.


Fico feliz pela noticia, porém como tudo aqui funciona na base da corrupção esse é um prato cheio pra engordar os cofres alheios desses políticos que tem uma história criminal bem suja porém apagada da memória popular. Fiquem de olho seus Putos porque esse teatro só vem pra somar com a cultura local uma vez que, esse teatro irá ter dois palcos, um pra eventos menores ou escolares com capacidade de 200 lugares e o outro palco terá capacidade de 700 lugares. Vamos ficar de olhos abertos com mais essa situação.


"Se a carapuça serviu, Seja Bem Vindo"


por: Henrique

Engenheiro da Eletrobrás é agredido em evento



Na falta de shows e eventos e bandas pra resenhar por aqui resolvi postar algo bem " GRIND CORE ", outra coisa que serve de exemplo para o nosso estado ja que vivemos uma situação bem parecida e não somos tão articulados quanto o pessoal do estado do Pará. Se você acha besteira o que eu estou dizendo leia Berta Becker, escritora carioca que discute sobre Gestão territorial da Amazônia.


Reportagem:


O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende, coordenador dos estudos de Belo Monte, foi ferido nesta tarde, durante um evento em Altamira, no Pará. A atividade foi organizada pela Arquidiocese de Altamira, Instituto Sócio Ambiental (ISA) e por várias outras organizações não governamentais. Ele teria sido agredido por índios da etnia Caiapó.
De acordo com a Eletrobrás, o engenheiro teve atendimento médico. Ele foi convidado pelos organizadores do evento para apresentar estudos sobre aproveitamento hidrelétrico da Usina de Belo Monte. Em nota, a Diretoria Executiva da Eletrobrás afirma que "manifesta sua indignação diante do ocorrido e afirma que tomará todas as providências necessárias para que os responsáveis pela agressão sejam punidos".
O procurador federal Felício Pontes Júnior, que participou do encontro, disse que a agressão ao técnico da Eletrobrás "é um sinal que os índios vão resistir, fisicamente se preciso, contra o barramento do Rio Xingu".
O procurador ressaltou que os índios que serão afetados pela construção da Usina de Belo Monte ainda não foram ouvidos pelo poder público. "O projeto está caminhando sem que eles tenham sido ouvidos, e a Constituição Federal fala que eles têm que ser obrigatoriamente ouvidos", alertou.
A coordenadora do encontro Xingu Vivo, Antônia Martins, também considera que o diálogo entre o governo e as comunidades locais, os ribeirinhos e os índios, foi deficiente.
Segundo a organizadora do evento, o grande número de movimentos sociais e comunidades tradicionais representadas no encontro são uma demonstração do descontentamento da sociedade local com os projetos hidrelétricos. "Esse evento é uma demonstração de que o povo da transamazônica e do Xingu não querem Belo Monte, não querem essas barragens", avaliou Antônia Martins.
Antônia Martins disse que as comunidades suspeitam das informações sobre a construção da usina, porque "a interlocução que está sendo feita pela Eletrobrás vem das consultorias pagas pelas grandes empresas, como a Camargo-Corrêa e Andrade-Gutierrez", interessadas nas obras, declarou.
Fonte: Agencia Brasil
Isso Sim é GRIND CORE!!!!!!!!!
"A carapuça serviu? Bem Vindo"
por: Henrique Bernini

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Noticia sobre o Sesc


Bem como consta na resenha do show da Odisséia no Sesc, fala-se em que o governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que retira pelo menos 33% dos recursos do SESC para a criação de mais um fundo de financiamento de programas de formação profissional.

Como não havia certeza os dados por não ter salvo o site agora eu posso comprtilhar Informação neste meio de comuniação. Acho um absurdo isso, pois o Brazil com Z de vendido, não investe em cultura e o que investe quer repassar ? Tá de sacanagem né !


Segue anexo uma carta do Diretor Regional do SESC SP.




Carta aberta ao público freqüentador do SESC:

Queremos compartilhar com todos vocês o risco ao qual o SESC está exposto neste momento. O governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que retira pelo menos 33% dos recursos do SESC para a criação de mais um fundo de financiamento de programas de formação profissional.
Diante desse risco, é nosso dever expor à sociedade brasileira o valor e a importância desta instituição criada, mantida e administrada com recursos privados, provenientes de contribuição compulsória das empresas do comércio de bens e serviços surgida nos anos 40 por proposta voluntária do empresariado. Esta definição tem amparo na lei e na Constituição Brasileira (art. 240).
O SESC promove a educação permanente por meio de suas ações culturais, socioambientais, esportivas, de promoção da saúde e da cidadania, das atividades de lazer e de sociabilização, voltadas prioritariamente às pessoas de menor renda.
A melhor maneira de conferir o significado dessa ação é vivenciar o dia-a-dia.nos centros culturais e desportivos. Ouvir o relato dos freqüentadores sobre a importância do SESC em suas vidas e para suas famílias. Utilizar os equipamentos e instalações de primeira qualidade, abertos a todos os estratos sociais, e participar das inúmeras atividades que abrangem um amplo arco de interesses e necessidades, reunindo um público extremamente diversificado.
Acreditamos que todos vocês já tiveram essa oportunidade. São, portanto, testemunhas da natureza beneficamente eficaz, engajadamente eficiente e profundamente educativa do trabalho que o SESC desenvolve há 61 anos. Esse patrimônio não pode ser sacrificado em favor de prioridades transitórias, em nome das quais se destruiria um trabalho consolidado em mais de seis décadas de atuação, causando um prejuízo incalculável ao desenvolvimento do país.
A educação profissional é importante. Mas se dissociada de uma ação voltada ao desenvolvimento integral do indivíduo, torna-se meramente utilitarista, o que levaria a um evidente retrocesso, fruto de uma visão obscurantista e flagrantemente retrógrada.
Diante da gravidade dessa situação, que propõe a retirada de substanciais recursos dos programas socioeducativos do SESC, convidamos a todos para que se manifestem, pelos meios ao seu alcance, em prol da continuidade de nosso trabalho.
Um projeto que, afinal, é uma conquista da sociedade brasileira.


Danilo Miranda

Diretor Regional do SESC SP
Henrique
"A carapuça serviu? Então Bem Vindo ! "

domingo, 18 de maio de 2008

Show Odisséia e Recato 16/05 Sesc Esplanada




A primeira resenha sobre shows trata-se de um bom evento que eu digo que faz muita falta por aqui em Rondônia. Sempre fui fã de eventos do Sesc porque eles tem uma grande responsabilidade por parte da cultura de cada Local. Quero abrir um espaço aqui e tambem dizer que há boatos que o Governo Federal quer desativar o Sesc em todo o Brasil e repassar o dinheiro para as Instituições desse meio ligado apenas ao desenvolvimento de técnologia e tecnólogos. Parabéns pra esse Governo que realmente deve ser aliado dos países que só querem saber de nos tratar como proletáriados e que não precisamos de cultura, vale ressaltar que esse boato eu não tenho certeza da fonte, mas to pouco me lixando como diz minha priminha, porque eu não sou jornalista como disse ateriormente. Enfim por falar nisso dia 16/05 foi um ótimo dia pra quem gosta de musica e tambem de protesto contra esse Governo da Babilônia, tivemos uma ótima noite de musica no único teatro decente da Capital desse estado. Vale ressaltar que o evento foi criado para arrumar fundos para a banda Odisséia ir a Maringá - PR participar de um evento e gravar uma participação em um Dvd lançado no Brasil, uma boa iniciativa de uma banda que não fica brincando de "Cena independente" e corre atrás do que quer. Bom sexta feira a noiteuma boa hora pra se divertir e foi isso que vimos naquela noite, um publico jovem que provavelmente era alunos do Professor Moreira (vocal da Odisséia) que provavelmente vieram ao show porque ele deve ter prometido pontos na médiapra rapaziada. Pena que quando ele deu aula pra mim não existia Odisséia !




Recato:




Brincadeiras a parte a primeira apresentação da noite ficou por conta de uma banda que recentemente entrou no Ranking dos 10 maiores destaques do maior site de cena independente do Brasil, O Trama Virtual, e a banda é Recato, que ja tem um certo publico cativo aqui em Porto Velho, e fez um show com o mais novo integrante, o baixista Gerson "Xera" (ex Banda Dogma - Iron Maiden/metal) que entrou com todo gás possivel na banda. E o que a Recato apresentou foi um bom show como ja tem sido de costume pela banda, tocando em seu repertório apenas musicas compostas pela banda, como Lago Reformado, Em Sí e Calado, e que ja virou hit há um certo tempo para os apreciadores de boa musica da cidade, vale ressaltar que a banda não tem tocado o mesmo repertório sempre já que noset list vieram musicas novas como Ao Tempo. Com um certo profissionalismo a banda não deixou a desejar tecnicamente e dessa vez apostaram em um diferencial pouco explorado nesse estado que é a Iluminação de palco, o que tambem serve de exemplo pra essas bandas que acham que tocar é tudo. O que deu pra perceber no show da Recato é que concerteza com suas musicas melancólicas e de auto-estima em certos pontos conseguiu agregar mais fãs para o seu trabalho porque com 40 minutos de show todos puderam cantar ( Quem sabia) e apreciar ótimos momentos em um show muito bom.




Odisséia




A outra apresentação era a mais esperada da noite, a banda Odisséia já é famosa na cidade pelo seu estilo ser único por essa Região, uma forma de fazer musica muito ousada e que requer muito profissionalismo para que se alcance o resultado que a banda merece ou venha merecer com seu esforço. A banda entrou no palco aclamada pelos alunos, ex alunos e amantes da Poesia feita pela banda, e seguiu com um show bem alegre e vibrante, com Performances dos músicos e uma variação de estilos musicais que explora bem os tipos de musicas que migrou junto com a população do estado. Tecnicamente o show foi bom por se tratar de um show no Sesc onde há uma estrutura adequada para esse tipo de apresentação, porém acho que falta muito pra eles chegarem ao nível de outras bandas da Própria capital, porém nao tenho dúvidas que, se a banda ler boas resenhas sobre os mesmos, irão deslanchar com tanta garra que eles apresentam no palco. O grande momento da noite fica por conta do direito de resposta ao governo dessa terra mãe não muito "Gentil", pois há cerca de alguns dias (não sei quantos) eles foram acusados de ter ofendido o povo de Rondônia através de uma de suas composições, uma releitura do hino do Estado. Sim ! um grande momento onde a verdade e nada mais que a verdade foi retratada naquele espaço. Vibrei com a perfomance em que o baixista declama falas de insatisfação com o ocorrido, e apoio ele quando ele disse "Pelo menos quando a Assembléia Legislativa se reuniu para falar sobre a Banda Odisséia nós ajudamos eles a cumprir com o dever deles de se reunir e TRABALHAR!!!!!!". Só posso dizer que isso sim foi um grande espetáculo e para quem não pode ler o novo hino paresentado pela Odisséia eu Posto aqui em baixo. Por fim O show se encerrou os Alunos pediram Bis pra ficar mehlor na fita com o Professor ele voltou sabendo que eles íam pedir Bis e tocou mais duas, sempre com as meninas Gritando "Lindo" para o baterista Henrique. que não é eu infelizmente.





HINO DE RONDÔNIA (na versão da Banda Odisséia)
Quando começamos a tortura
Para esculhambar a natureza
Nós os invasores de Rondônia
Nos afogamos
Em tanta pobreza
Somos causadores de queimadas
Nosso combustível é o dinheiro
Fim de uma história deprimente
Nada os nativos tudo aos posseiros.
Nesta fronteira abandonada
O povo trabalha até doente
Muita chacina, pouca esmola
Corrupção cavalga febrilmente
Corrupção cavalga febrilmente
Atos demente roubam o futuro
Da juventude desta nação
E com coragem
Nos gritaremos
Enquanto nos arrancam o coração.
Azul, poderia ser azul
Em vez tudo cinza tudo igual
Nossos rios só tem mercúrio
E Amazônia é capim.
Assim, nossa vida é desumana
Guaporé fundamental
Reescreve sua história
Ou será o nosso fim.






"A carapuça serviu? Então Bem Vindo ! "

Será que agora vai ?


Olá, é com grande insatisfação que eu, Henrique e Giovanni pensamos em criar um espaço comum porém diferente para discutir o que acontece nessa "Cena" "Independente" de Rondônia ou em qualquer lugar do mundo. Já que somos obrigados a ler coisas inuteis sobre o que fazemos e articulamos como cultura resolvemos criar esse espaço e dar nossa sincera contribuição (ou não) para isso que chamamos de "Cena". Não somos Jornalistas, não gostamos de Letras Portugues e não somos essêncialmente musicos, portanto se você achar falhas por aqui, é isso ae mesmo, vai cobrar de outros Jornalistas que saem lá da PQP pra vir falar coisas sem nexo até pra minha mãe que sabe diferenciar estilos de musicas. O nome é chamativo assim porque combina com nosso estilo de escrever, e se você não gostar tem milhôes de outros Blogs Inuteis que vão resenhar pior do que agente, portanto, se a carapuça serviu seja Bem Vindo!!!


Henrique

sábado, 17 de maio de 2008

O que faremos de hoje em diante?

Faremos resenhas extremas de qualquer banda que toque em Porto Velho, se por acaso sua banda não tiver influência de Napalm Death nem toque por aqui, pois seremos extremamente severos nas críticas.


* Tu faz parte da escória jornalística que anda resenhando por ae? Você não é bem vindo em Rondônia.

* Você gosta de parecer um idiota no palco com sua banda? Você não é bem vindo em Rondônia.

* Você ouve The Strokes e acha o máximo deixar o cabelo crescer pra parecer um mendigo por opção? Você não é bem vindo em Rondônia.

No mais é isso.

Historinha do Grindcore:

O Grindcore, como estilo musical, é um caldeirão de extremismos. Nele cabem a Música Industrial, o Noise, o Death Metal e o Hardcore Punk. Seus elementos mais visíveis são os vocais guturais, as músicas de duração curta (de até um segundo) e andamentos absurdamente velozes - em especial um tipo de batida conhecida como Blast Beats. Segundo Digby Pearson, dono Earache Records, isso não é tudo: "grindcore não era só sobre a velocidade da bateria, blast beats etc – ele foi cunhado para descrever as guitarras - guitarras de afinação baixa que faziam riffs pesados, agressivos, tristes; guitarras "grind" ("que móem"). Então essa era a descrição que o gênero recebia pelos músicos que eram seus proponentes e inovadores".

O estilo começou na metade da década de 1980, principalmente em países como Inglaterra, Holanda e EUA. De início as bandas tinhas uma maior influência estética e ideológica do anarco-punk, com o passar dos anos e das evoluções o estilo foi se alterando e criando várias subdivisões dentro dele.

O inventor do termo Grindcore foi o então baterista do Napalm Death, Mick Harris. Segundo o próprio, a palavra "Grind" veio à sua cabeça como sendo a única capaz de descrever a música do primeiro LP do Swans. O Napalm Death foi o primeiro grupo a usar o termo para se auto-descrever. (O Grindcore também foi conhecido por pouco tempo como Britcore, rótulo cunhado pela NME). Outras bandas que marcaram o início do Grindcore foram Unseen Terror, Electro Hippies (Inglaterra), Fear Of God (Suíça), Terrorizer (EUA) e, em menor grau, os dois primeiros discos do Carcass (Inglaterra).

Algumas bandas de Hardcore Punk já faziam algo próximo antes da existência do termo, como por exemplo o Siege, nos Estados Unidos, Lärm, na Holanda e o Asocial, na Suécia, cuja demo "How Could Hardcore Be Any Worse", de 1982 é provavelmente o exemplo mais antigo de Blast-Beats que se tem notícia. No entanto, eram todas bandas de hardcore sem grande influência de Metal. O Grindcore propriamente dito só surgiu quando algumas bandas passaram a misturar a velocidade do Crustcore (Cryptic Slaughter, Anti-Cimex) com o o Blast-Beat, influenciando estilos como Death Metal, como as pioneiras Celtic Frost.







"tem que fuder com essa porra toda, bando de puto"