segunda-feira, 7 de julho de 2008

Nicles, Filomedusa, Los Porongas e Acre na UFAC

Mais uma resenha sob meus olhares, hora por um lado bom, hora por outro lado ruim, depende de quem ta lendo. Quero falar sobre algo que me deixa feliz e ao mesmo tempo me faz refletir na proposta de escrever neste BLOG. Fim do mês de Junho, pego um ônibus com uma galera Junkie rumo a um campeonato de Skate em Rio Branco Acre, chega o campeonato eu Ganhei (experiência), tocam se as bandas que não irei resenhar porque realmente não há nada pra se falar. Passado isso, veio um convite de alguns amigos para passar mais uns dias, acabei dando pino na galera do skate e ficando por aqui pra uma semana que não saberia o que estaria por vir. È chegado o primeiro Fim de semana de Julho, e logo se espalha uma noticia de que haveria um show na UFAC organizado pelo DCE, com as bandas Nicles, Filémedusa ops Filomedusa, e Los Parangas. O que eu poderia resenhar sobre isso?? Quando cheguei ao local foi a primeira pergunta que eu fiz, e logo surgiu muitas idéias que me deixou com a cara lá no chão por vir de Rondônia e ainda escrever em um BLOG que teoricamente defende o que é produzido decentemente por essas terras. Mas vamos começar falando da festa.

Ao chegar a Nicles estava na sua segunda musica, e como não havia muita esperança de um bom show deles, uma idéia que construí assistindo-os no Varadouro 2007, já tomei o primeiro tapa na cara. O show tava energizante assim como o público presente que correspondia ao sentimento de festa que rolava de fato. A Nicles me surpreendeu, a mudança de guitarrista deu certo, o show foi de um lance contagioso, todas as musicas chamavam atenção com refrões gritantes e presença de palco de todos da banda. Meu, essa foi a primeira lição da noite, pois a banda realmente é indie não vamos negar né, mas os caras sabem ser, não é “CENA” é uma banda, e Rondônia aprenda, “QUER SER INDIE, SEJA COMO A NICLES!!!!”. Enfim gostaria de falar mal, mas não me deram motivos então esse foi o primeiro sapo a engolir, pois sabe quando você sai e vai a um show e ouve musica que você pode dançar e curtir com os amigos, era esse o ambiente do lugar.


Em seguida vem a Filomedusa com seu pedaço de Filémedusa que é a vocalista. Com seu jeitinho de “ARTISTA” ela sabe envolver todos ao show, sem falar no baterista com Pose de Screamo com os cabelos escorridos, esse ae pelo jeito da vontade de falar mal, mas até ele mandou bem !!! Tocou certo nada de errado, e é de uma responsabilidade pra poucos poder ditar os ritmos da guitarra do Saulo, outro cara que me faz pensar, como faz falta um cara assim em Rondônia, pouco me importa saber os defeitos dele, o que importa é que ele não mede esforços pra tocar, pra ajudar a crescer essa Bendita ou Maldita “CENA” da região. Voltando ao show eu achei bom também, as guitarras são bem trampadas, viajantes é a palavra certa, musica pra dançar no começo, pra flertar no meio do show e musicas pra curtir o fora que a gata te deu no fim


Quando acabou Filomedusa, a única coisa que eu queria era me calibrar pra poder ficar esperando Los Porongas. Nessa de me calibrar o palco lotou e quando eu voltei foi uma luta de empurra empurra pra poder chegar o mais perto possível do palco e mesmo assim não consegui estar onde eu gostaria. Quando Los Porongas começa eu já sabia o que viria. Segundo show deles que eu assisto na temporada, e confirmo as varias resenhas feita pelo Brasil.

“Se a Bolívia soubesse da existência de Los Porongas não vendia o Acre ao Brasil”,

“É notável que Los Porongas é uma banda acima da média no circuito Independente”, etc...

Mas digo algo, show dos Porongas no Acre é outra coisa, a platéia estava delirando, a viajem parecia não ter fim todos em outra dimensão na frente do palco, foi algo bom de se ver. Mas se engana que o resenhas Grindcore não irá destilar seu veneno sobre os Porongas. Na terceira musica o Diogo perde a voz, e acho que eu sabia qual era o motivo disso. Na segunda feira dessa semana que antecedeu o show eu fui fazer meu Happy Hour na Beira do Rio Acre coisa melhor não há, e quem eu encontro bebendo umas Geladas?? Diogo. Depois mais perto do fim de semana assisto uma entrevista deles aonde?? No mesmo lugar e eles insistiam em beber. Deu no que deu. O cara perdeu a voz e aí eu pensei e agora?? Foi quando eu tomei mais um tapa na cara, pra que o Diogo se os Porongas tem o Acre!!!!!! Nunca imaginei isso, mas a platéia foi a voz dos Porongas a noite inteira, todas as musicas inclusive um Cover de Beatles – Come Together. Foi uma hora e meia de um show memorável, e o publico em nenhum momento ficou parado.




Concluindo, engano de Rondônia achar que pode estar sendo superior ao Acre em alguma coisa porque até ser indie eles sabem ser. Se os coletivos dão certos ou não, não vem ao caso, mas aqui tem funcionado. Há um ditado que funciona lá no Acre, A união faz a Força.


Por: Henrique

(Se a Carapuça serviu, Bem Vindo!)






9 comentários:

Resenhas Grindcore disse...

a cena de Rondônia possui mais pau no cu por metro quadrado do brasil...

a primeira bicha que aparece aqui dizendo que o rio madeira é azul, e que cabe numa garrafa de pitú, leva meio mundo de vadias do rock junto nas idéias.

o acre ta unido, rondônia se distancia cada dia mais, esses dias atrás ouvi de um indie numa festa a seguinte frase:

"a cena que ser separada mesmo, nós temos nosso publico"

pasmem, mas é verdade!

criticávamos os índios por estarem pelados, hoje pagamos pra ir numa praia de nudismo.

quero só ver onde isso vai parar, mas como já sou rico e famoso quero que se foda!

lixeiro do roqui!

iuri maia disse...

Resenhasemocore expandindo seus horizontes, juro que fiquei feliz quando soube que tu ia ficar por lá.. a propósito, não teve o Norte noise e tu vai ver Los porongas?
Traidor

Marcos Felipe disse...

Acredito que a cena do Acre realmente esteja da forma que você descreve, henrique. Tive a oportunidade de estar no Varadouro 2007 tbm, e este ano no Grito Rock do Acre e tenho praticamente a mesma opinião. As bandas as quais você teve a oportunidade de assistir, pelos seus historicos, nao se distanciaram dos objetivos comuns a cena,construiram toda a cena juntas e progressivamente. Isso ocorre aqui em pvh, mas de forma muito timida, devemos potencializar essa construção.

O Fundo do Mundo disse...

muito grind!!!

vilhenarock disse...

Todos para o Acre. Go, go!!!

O Fundo do Mundo disse...

eu acho que vocês tão é tudo fumado. Por que filomedusa é uma bosta, comprei o EP deles e foi o dinheiro mais mal gasto da minha vida. A nicles é a banda mais "grind" do acre e vcs só viram isso agora, as outras bandas não passam de dose de mamadeira de maconheiro.

e outra coisa, dizer que o acre está organizado é fácil e muito hipócrita, pois eles seguiram a mesma metodologia de quem vcs recriminam.

Mais ainda, os porongas se mostraram "muito antenados" com a cena de RO quando no festival casarão cantavam no meio de suas músicas excertos do refrão "sou quilomboclada, Sou quilomblocada". Não esqueçamos de quem sabotou o beradeiros 2006.

Na nossa cena, que não existe, há muito discurso. E acredito sim que deveria ter ocorrido o que ocorreu, deixemos de ser conservadores.

BERADELIA disse...

no acre e em qualquer outro lugar do mundo....do brasil..do seu umbigo....as coisas só podem dar certo se acontecer UMA coisa....

aticulação politica....
enquanto nego num se atentar a isso..nunca vai rolar porra nenhuma...

O Fundo do Mundo disse...

bem, como um blog que se predispõe a falar mal de tudo, foda-se todos vocês

FECHA NA PROSHASKA!. disse...

Gostei muito do blog!!! Parabéns!

PROSHASKA!
www.myspace.com/proshaska

Confiram!